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A Alquimia na Idade Média: resumo da Palestra de Lúcia Helena Galvão

Nota Editorial: neste post, apresento um resumo do vídeo A Alquimia na Idade Média, que que é conteúdo que pertence ao canal do Youtube da Instituição "Nova Acrópole". A "Nova Acrópole" é uma instituição que admiro profundamente pelo seu trabalho em filosofia e desenvolvimento pessoal, oferece conteúdos valiosos e esclarecedores. Através deste resumo, procuro compartilhar de forma acessível as principais ideias discutidas no vídeo. Agradeço à Nova Acrópole pelo seu empenho em disseminar conhecimento e promover a reflexão, bem como, à Professora Lúcia Helena Galvão, pela generosidade e encanto que deixa por onde passa.



Na palestra intitulada "A Alquimia na Idade Média", a Professora Lúcia Helena Galvão mergulha no enigmático mundo da alquimia, desvendando as profundezas desta prática antiga e corrigindo muitos dos mal-entendidos que a rodeiam. Frequentemente reduzida à busca pela transformação do chumbo em ouro, a alquimia é apresentada como um processo muito mais complexo e significativo, centrado na criação da lendária Pedra Filosofal.


A Essência da Alquimia e a Pedra Filosofal

A Professora Lúcia Helena começa por esclarecer que a alquimia não se limitava à simples transmutação de metais. O verdadeiro propósito dos alquimistas era a transformação espiritual do ser humano, simbolizada pela criação da Pedra Filosofal. Esta pedra mítica, muito mais do que um objecto físico capaz de transformar qualquer metal em ouro, representava a purificação e a elevação do próprio ser. Para os alquimistas, a Pedra Filosofal era o símbolo da perfeição e da sabedoria alcançadas através de um longo e rigoroso processo de autoconhecimento e transformação interior.


As Fases do Processo Alquímico

A palestra detalha as três fases principais do processo alquímico que levam à criação da Pedra Filosofal: Nigredo, Albedo e Rubedo:

  1. Nigredo (A Obra em Negro): Esta primeira fase simboliza a morte simbólica e a decomposição, onde o alquimista deve confrontar as suas sombras e imperfeições. É o estágio de purificação inicial, em que as impurezas são eliminadas para preparar o ser para as etapas seguintes.

  2. Albedo (A Obra em Branco): A segunda fase é a purificação da alma. Após a fase de Nigredo, o alquimista busca iluminar e purificar o seu espírito, alcançando um estado de maior clareza e pureza. Este é um passo crucial na jornada para a criação da Pedra Filosofal.

  3. Rubedo (A Obra em Vermelho): A fase final, Rubedo, é onde o alquimista atinge a união com o divino. A Pedra Filosofal, agora completamente formada, simboliza não apenas a capacidade de transmutar metais em ouro, mas, mais importante, a transformação completa do alquimista num ser iluminado e pleno. A Pedra Filosofal é, assim, o símbolo da realização espiritual e da sabedoria absoluta.


    A Pedra Filosofal na Arquitectura Sagrada

Lúcia Helena também explora a influência da alquimia na arquitectura sagrada da Idade Média. Muitas catedrais góticas, como as de Chartres e Estrasburgo, foram construídas sob a orientação de alquimistas que aplicaram os princípios da Pedra Filosofal na própria estrutura das edificações. Estas catedrais estão repletas de símbolos alquímicos, representando o processo de purificação e elevação espiritual que a Pedra Filosofal simboliza.


A Alquimia como Jornada Interior

A Professora Lúcia Helena conclui que a verdadeira alquimia é um processo interno, onde o ser humano se transforma e purifica para alcançar a sua própria Pedra Filosofal. Este processo de transformação pessoal, tal como a criação da Pedra Filosofal, é uma metáfora poderosa para a busca pela sabedoria, virtude e a plenitude espiritual. Através da alquimia, aprendemos que a verdadeira riqueza não está nos metais preciosos, mas na capacidade de transformar e elevar a nossa própria alma.

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